Setor imobiliário reaquece e anima construtoras na cidade
O mercado imobiliário, que estava estagnado nos primeiros meses do ano, tem dado sinais de reação em Franca. Imobiliárias e construtoras que atuam na cidade, com imóveis populares e de médio e alto padrão, confirmam que a procura por unidades e a concretização de negócios voltou a crescer a partir de maio. Há casos, de uma demanda até 50% maior em relação ao período de janeiro a abril desse ano.
Atuando na área de venda de imóveis populares, a Transação Imóveis começou asentir a melhora nos últimos 60 dias. Segundo o diretor da empresa e tambémpresidente da Abifran (Associação das Administradoras de Bens Imóveis de Franca), Ailton Lopes Soares, a mudança política ocorrida com a entrada dopresidente da República interino, Michel Temer, trouxe um otimismo que temcontribuído com o setor. “Em razão dos programas de habitação, esse tipo de imóvel sempre teve procura, porém o crédito estava restrito e agora jápercebemos os agentes de crédito mais flexíveis”.
Soares aponta que esse novo cenáriopossibilitou um aumento de 5% no número de vendas concretizadas. “Seantes fechávamos em média 30negócios mensais, recentementepassamos para 36 negócios no valor de até R$ 170 mil”.
Com o mesmo perfil de cliente, a MRV Engenharia diz que as vendasnas últimas semanas estão em uma crescente graças a uma série de fatores, que incluem o incentivo do governo commelhores taxas e a realização de ações promocionais e feirões. Para o diretorcomercial da construtora, Breno Mendes Vilela, a relação custo benefício e o fato de lidar com o público que precisa do imóvel também contribuem para oresultado satisfatório. “Não sentimos muito a crise, porém posso dizer que o cenário tem melhorado cada vez mais”. Segundo Vilela, atualmente a MRV temcomercializado cerca de 45 apartamentos por mês, 15 unidades acima do queestava sendo negociado anteriormente no começo de 2016. “São imóveis prontos e em construção e a expectativa é tão positiva que estamos negociando novasáreas na cidade”, adiantou.
Para o empresário Fábio Liporoni, as negociações melhoraram muito nos últimosdois meses. “Vendemos cem lotes em uma semana do loteamento Jardim Adelinha, na região Oeste. Estamos implantando a infraestrutura completa. Ficaem um local estratégico e tudo indica sucesso”. Segundo ele, nos primeirosmeses do ano a movimentação tinha cessado e também não havia lançamentos. “As pessoas ligavam interessadas e não dava certo, agora estamos retornando devolta, elas comparecem e as negociações avançam”.
A retomada na procura e no comércio de novas unidades também tem sidopercebida em relação aos imóveis de médio e alto padrão. De acordo com ogerente comercial da Bild Desenvolvimento Imobiliário, João Paulo Rodrigues de Oliveira, a reação começou no mês passado e já possibilitou uma alta de 50% nosnegócios que estavam parados nos cinco primeiros meses do ano em decorrência da situação econômica e política. Oliveira disse que o lançamento deum novo empreendimento voltado para um público com um ticket médio maiorfavoreceu essa movimentação. Atualmente, a Bild comercializa três prédios de apartamentos e, em breve deve anunciar um quarto empreendimento na cidade.
“O público consumidor está retornando mais rápido e animando as incorporadoras e construtoras, em comparação com os investidores queperceberam um momento não interessante já que os preços deixaram de ser ajustados”, explicou o diretor da Mazza Imóveis, Sérgio Mazza, que comercializaimóveis que variam de R$ 150 mil a R$ 1,5 milhão. “Está havendo uma melhoraainda tímida, mas que proporciona expectativas para um mercado antes parado”.
